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  • Foto do escritorBia Carvalho

O Sabor Agridoce de Um Ponto Final


Qual o gosto de se colocar um ponto final em um livro?


Em um primeiro momento, para qualquer pessoa que eu perguntar isso, irão me responder que é a sensação de dever cumprido. E não estarão errados, pois lhes digo que iniciar uma história é BEM mais fácil do que conseguir mantê-la funcionando de forma coesa, empolgante, e, principalmente, o maior desafio é chegar ao derradeiro "The End".


Mas há um outro lado da moeda... algo que somente um escritor mais sentimental (como eu) não pode deixar de lado...


Personagens, ao longo dos meses em que nos fazem companhia, tornam-se como membros da família; como amigos de longa data com quem compartilhamos segredos, risadas, choros e uma vida. Nós os criamos, damos um pouquinho de nós a eles para que possam se tornar o mais reais possível, mas, no final da estrada, são eles que nos ensinam muito mais.


A tal sensação de missão cumprida esta lá, dando um certo apoio, mas a verdade é que é o mesmo que dar um adeus definitivo a grandes amigos.


Claro que o texto ainda será revisado algumas boas vezes, mas não será a mesma coisa. Não haverá novas cenas, novos diálogos ou segredos revelados. Tudo que tinha que acontecer, já aconteceu. Os "filhos", agora, já foram criados e estão prontos para serem jogados no mundo! E talvez esse seja o lado mais legal de toda a coisa... esse é o momento em que o livro passa a não pertencer apenas a mim... mas a todo mundo que for lê-lo.


Mas, para mim, sempre haverá essa saudade dos bons momentos que passei com todos os amigos de papel que minha mente criou.


Rumo a um novo trabalho...

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