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  • Foto do escritorBia Carvalho

Sobre ilusões


Enquanto houver sonho...


Cada um de nós possui uma história. Cada um iniciou uma jornada que foi se construindo aos poucos, moldando-se de acordo com escolhas, princípios e desejos. A cada fase tornamo-nos pessoas diferentes e vemos o mundo também de uma forma distinta.


Deixamos de ser crianças, inocentes e sem responsabilidades, e passamos a dar passos mais longos na direção das pessoas que queremos ser. Ou das pessoas que a realidade nos obrigou a nos tornar.


Quantos de nós realmente seguiram a resposta que dávamos quando nos perguntavam: "O que você quer ser quando crescer?". Quantos de nós puderam efetivamente se transformar em astronautas, por exemplo? Ou quantos de nós tiveram a oportunidade de seguir seus sonhos? Fossem eles quais fossem.


Seja por imposição da sociedade, seja por necessidade de seguir um caminho mais pé no chão, ou até mesmo pela dificuldade de se estabelecer em uma carreira mais complexa... Tudo é uma questão de oportunidade. E essa, a grande maioria não tem.


A vida é uma devoradora de ilusões. Ela vai comendo nossos sonhos pelas beiradas, mastigando-os de forma cruel, até não restar quase nada deles. Nunca há tempo, nunca há coragem e nunca há o momento certo. Vamos adiando o que para nós deveria ser inadiável; vamos colocando na balança o que supomos ser mais importante e sempre vamos deixando o que achamos supérfluo para depois. Para o agora só nos resta focar no que coloca dinheiro no bolso e comida na mesa.


Quantas vezes vamos dormir com ideias incríveis, mas quando acordamos simplesmente não as colocamos em prática, porque a rotina e as tarefas tornam-se muito maiores do que nossos anseios. Pessoas ao nosso redor que não acreditam e nos desencorajam também surgem aos montes. Poucos são aqueles que falam: "Vai fundo. Corre atrás do teu sonho!".


Então, essa voz que tanto gritava dentro de nós vai se calando. Vai se tornando um pequeno sussurro, até desaparecer por completo. Só que volta e meia sentimos aquela dorzinha discreta no peito; uma que é bem mais difícil de exorcizar e que vai rachando nosso coração de pouquinho em pouquinho.


Seguir sonhos jamais será uma perda de tempo. Pode ser um plano B, uma válvula de escape, mas precisa ser posto em prática, mesmo que seja um pouquinho a cada dia. Não negligencie sua felicidade, porque o mundo lá fora já é cruel demais para que não possamos extrair dele o melhor que pudermos.

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