
Quem me conhece muito bem ou que já participou de algum evento comigo, leu alguma entrevista ou acompanha minhas redes sociais já deve ter me ouvido falar uma frase clássica: "Quem sustenta um bom romance, na maioria das vezes, é o mocinho."
Ah, meninas, vamos falar sério sem hipocrisia, ok? Quem é que quer ler um livro cujo protagonista é um pamonha, machista, fraco e que não respeita sua mulher? Tudo que queremos ao abrir uma obra do gênero é suspirar e sonhar.
Até porque, minha gente, quem lê livros românticos geralmente são mulheres. Não que os homens não curtam também, mas eles ainda são minoria neste quesito.
O problema é que tem um ditado popular que afirma algo muito, mas muito correto e que vale também para a literatura: Por trás de um grande homem sempre existe uma grande mulher.
Todas as vezes que eu inicio um novo romance, eu me preocupo muito com a criação de personagens. Confesso que muitas vezes o mocinho surge em primeiro lugar; sua personalidade, o que ele vai ter de cativante, quais serão seus defeitos, qualidades e manias. Com ele pronto, aí sim eu vou pensar na mulher.
Porque, vamos combinar... mulher é um ser muito mais complexo, não é?

O mocinho, em minha humilde opinião, é aquele que vai sustentar a parte romântica das minhas histórias - por mais que muitas vezes ele possa ser um policial ou a chave principal do enredo. É ele que vai manter a chama, que vai arrancar os suspiros e que vai fazer com que até eu mesma me sinta muito ligada à trama.
Mas não se enganem, porque enquanto um bom mocinho pode conduzir um romance, é a mulher que vai levar o resto da história inteira.
Em meus livros eu sempre me preocupo em criar heroínas fortes e independentes. Por mais que elas possam ser salvas pelo mocinho no final ou que se apaixonem perdidamente, elas conseguiriam seguir suas vidas sem eles, sem drama. O amor de um homem por uma mulher, normalmente, não é o assunto principal das minhas histórias. Costumo usá-lo como um pano de fundo para uma trama, como um tempero a mais. Até porque me divirto muito criando cenas de amor.

E por falar em diversão, é aí que entra outra parte que eu adoro criar, que são os diálogos. Por isso, é importante para mim que minhas mocinhas sejam teimosas, tenham línguas afiadas e não se deixem submeter por seus homens. Elas conversam de igual para igual, se impõem e valorizam seus desejos acima de tudo.
E não é assim que tem que ser também na vida real?
E aí, quem é sua mocinha favorita? Conta para nós nos comentários!